sábado, 13 de outubro de 2012

A ruína da Princesinha

Era uma vez uma época onde apesar do rei, meu pai, ter ido embora, e ter mandado poucas notícias, eu conseguia ser feliz.
A rainha era muito bondosa, e tinha dois filhos, a princesa e o príncipe regente, meu irmão. Ele nunca gostou muito de mim, por ciúmes, foi filho único muito tempo antes de eu nascer. Apesar disso, me protegia e me ensinava como ser uma boa princesa.
Eu tinha muitos amigos na escola real. Todos eram tão bonzinhos comigo... Nos divertíamos muito, e sempre podia contar com eles.
Um dia, pra ajudar uma amiga que ficava longe, tive que andar com gente que não gostava muito de mim. Mas consegui voltar, apesar da autoestima abalada.
Infelizmente, nosso reino foi ameaçado por um exército de pessoas, em sua maioria, malignas, e tivemos de ir embora de nosso reino, meu paraíso. Logo quando estava voltando ao meu normal!
Fui para um lugar muito longe, onde ninguém nos conhecia, somente com um pequeno principezinho, que por sorte não virava parte daquele reino vândalo, e sem o príncipe regente. Eu ainda estava com problemas, e ninguém me respeitou, quase deixei de ser uma princesa por dentro.
Encontrei pessoas melhores, mas seres sobrenaturais atrapalham tudo nas minhas relações, e agora sou tão triste... Eu queria encontrar meu cavaleiro, que tanto procuro desde criança.
Sabe, ele era o único que realmente me ouvia, e não me tratava diferente por eu ser uma princesa. Ele me tratava com respeito, era carinhoso, me acompanhava nos meus descobrimentos pelo mundo... Às vezes, me magoava, me entristecia, me irritava, mas eu não conseguia ficar brava ou triste com ele por muito tempo.
Muitas vezes, ele se foi, e muitas vezes, ele voltou, cada vez mais forte e corajoso. Talvez um dia, ele tire finalmente tire a virgindade de meus lábios reais, e seja finalmente, não meu cavaleiro, não apenas meu melhor amigo, nem amigo colorido, mas a pessoa-só-para-mim.
É o que realmente espero, pois uma princesa nunca deveria se trancar numa torre por conta própria, nem blindar tantas vezes o próprio coração, apenas para ver o escudo desabar frente a ilusões do maldoso mago do destino.
Não quero sofrer mais, meu querido guerreiro... Quando virá me salvar dessa torre tão fria, para me mostrar as belezas deste reino tão duro e gelado, ou de seus olhos audaciosos?

Viajei, né?
Li uma fic que fazia muita alusão à princesas e cavaleiros, e tive essa ideia. Ficou menor do que imaginei.
Bem, essa é a minha vida. O rei foi embora por se divorciar da minha mãe. A escola real era uma escola cara, mas com pessoas realmente legais. Meu padrasto e a família dele era o exército maligno, somente com umas duas ou três pessoas que realmente prestavam (um irmão do meu ex-padrasto e os filhos desse irmão).
Principezinho é meu irmão mais novo. Meu irmão mais velho foi pra outro país, onde está um pouco de minha família. E eu tive depressão por estar nesse lugar novo. Os seres sobrenaturais? O motivo desconhecido das pessoas se aproximarem e depois me abandonarem sem motivo.
Meu cavaleiro? Todo melhor amigo homem que tive. Victor Shinji, que era um pouco tímido, mas um bom amigo que sempre estava ali quando eu precisei; Caetano, meu primeiro namoradinho de infância, mas acima de tudo, meu amigo; Davi, a prova que meninos e meninas pré-puberdade podem conviver entre si sem ficar de "Turma do Bolinha" e "Turma da Luluzinha"; Nathan e Henrique, que conseguiram com mais alguns amigos, me devolver minha autoestima que perdi quando fui ajudar ML, uma grande melhor amiga.
Hoje em dia, eu peço um cavaleiro que não somente seja namorado (como minha idade, 15 anos, praticamente implora), mas que seja compreensivo e me tire dessa fossa que cai de uns anos pra cá.
"Pessoa-só-para-mim" é uma referência a Chobits. Vejam como alma-gêmea, metade da laranja, ou procurem o anime ou o mangá, e tirem suas conclusões do significado.
É uma verdadeira ruína da princesa, quando ela se tranca numa torre só pra não ser magoada de novo, preocupando a rainha e os príncipes, não é?

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